Secretário descarta privatização do BB, Caixa, BNDES e Petrobras
Salim Mattar, secretário de Desestatização e Desinvestimentos do Ministério da Economia, descartou a privatização das principais estatais.
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Publicado em:05/04/2019 às 07:53
Atualizado em:05/04/2019 às 07:53
O secretário de Desestatização e Desinvestimentos do Ministério da Economia, Salim Mattar, descartou a privatização do Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, BNDES e Petrobras. A declaração ocorreu na quarta-feira, 3, em evento realizado em São Paulo.
A notícia é favorável para quem deseja ingressar nas estatais mediante concurso público. O BNDES, por exemplo, não realiza novas seleções há quatro anos. Já o Banco do Brasil tem um fluxo de 2 mil desligamentos, seja por aposentadorias, demissões, mortes e invalidez. O que poderá favorecer um novo edital.
O governo, porém, mantém a meta de arrecadar 20 bilhões de dólares com privatizações este ano. O que daria o equivalente a R$77 bilhões. Para atingir o objetivo, vendas e concessões já foram realizadas.
Segundo Mattar, o governo já arrecadou US$ 3,433 bilhões com venda de ativos da Petrobras, desinvestimentos da Caixa Econômica Federal e concessões na área de infraestrutura.
Como, por exemplo, a venda de refinaria de Pasadena; da distribuidora da Petrobras no Paraguai; venda da fatia da Caixa no IRB; concessão de 12 aeroportos e quatro áreas portuárias.Os dados foram publicados pelo jornal Estado de São Paulo e pelo site G1.
Salim Mattar assumiu a Secretaria de Desestatização e Desinvestimentos
do Ministério da Economia (Foto: Alesp)
A maior parte das ações das estatais, no entanto, continuará sob domínio da União. Em janeiro, durante sua posse como novo presidente da Caixa, Pedro Guimarães já tinha afirmado que a privatização da estatal está fora de questão.
"Vamos abrir o capital de subsidiárias e utilizar esse dinheiro para pagar o Tesouro. Em quatro anos. Com calma, tranquilidade. Não há privatização da Caixa. Nem pensar. O que há é venda, abertura de capital de subsidiárias", teria afirmado Guimarães, segundo o site G1.
Privatização dos Correios também é descartada por Mourão
O vice-presidente da República, general Hamilton Mourão, também descartou a privatização dos Correios. Desde o último ano, a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) passa por mudanças estruturais, com fechamento de agências devido ao processo de remodelagem da rede de atendimento.
Em janeiro, Mourão também falou sobre o futuro da empresa, ao ser questionado sobre a possibilidade de privatização dos Correios. "Por enquanto, não", teria respondido, segundo a Agência Brasil.
Desde outubro de 2018, os Correios realizam o fechamento de agências. Há, contudo, a intenção de gerar 3 mil pontos de atendimento até 2021. A medida faz parte do plano de modernização da rede.
No início das ações, FOLHA DIRIGIDA perguntou a empresa sobre a previsão de um novo concurso público. Em resposta, o setor de Comunicação dos Correios informou que:
"A companhia está reavaliando o dimensionamento da força de trabalho e equalizando as unidades, com efetivo deficitário e superavitário. Portanto, no momento não há previsão de abertura de concurso público para quaisquer dos cargos vigentes na empresa", afirmou.
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