Concurso PRF: especialista fala sobre possíveis mudanças no edital
Professor e PRF, Marcos Aguiar, reúne dicas para os estudos e fala sobre possíveis mudanças no programa do concurso.
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Publicado em:24/10/2018 às 08:56
Atualizado em:24/10/2018 às 08:56
O concurso PRF pode ter edital publicado a qualquer momento e, mais do que nunca, os candidatos devem intensificar a preparação. Para auxiliar nesta tarefa, FOLHA DIRIGIDA conversou com o professor Marcos Aguiar, que também é policial rodoviário federal. Ele fez uma análise do programa trazendo apostas sobre possíveis novidades e dando dicas de estudo.
Questionado sobre eventuais mudanças no conteúdo programático, já que a PRF vem deixando de ser uma polícia com foco no cumprimento das leis de trânsito nas rodovias, e vem ganhando uma dimensão cada vez maior, atuando no combate à corrupção e ao narcotráfico, o professor explica:
"Atualmente, o Brasil passa por uma crise sistêmica do setor de Segurança Pública, isso fez a PRF refletir sobre os novos desafios a serem incorporados, já que atuamos em mais de 70 mil quilômetros de malha viária. A PRF, historicamente, se dedicou por longas décadas ao policiamento de trânsito. Em sua ação cotidiana pouco se envolvia com operações e ações de combate e enfrentamento à criminalidade", comenta.
Aguiar complementa mencionando que, com o passar dos anos e com o aumento da violência, a rodovia, antes palco para o escoamento de riquezas e para o exercício do direito constitucional à livre locomoção, passou a servir, também, de suporte logístico para a circulação de criminosos e movimentação de produtos ilícitos.
"Esse fato trouxe para o âmbito da PRF uma nova preocupação, qual seja: preparar-se para o enfrentamento a esses ilícitos, sem descuidar, no entanto, de sua missão histórica de zelar pela segurança e fluidez do trânsito. Hoje a missão institucional, definida no mapa estratégico é: “garantir segurança com cidadania nas rodovias federais e nas áreas de interesse da União", afirma.
Para Aguiar, a partir dessa premissa, acredita-se que a preocupação institucional ganhou novos rumos. Isso pode trazer novidades no edital para se adequar ao novo cenário nacional. Sobre inclusão ou exclusão de disciplinas, ele diz ser plenamente possível, mas não acredita em mudanças drásticas.
Especificamente sobre a disciplina Legislação de Trânsito, o professor menciona que, apesar das várias mudanças depois do último concurso, não significa dizer que a matéria de trânsito será explorada demasiadamente em detrimento de outra.
Ele complementa afirmando que a estratégia de continuar se baseando pelo antigo edital é a consideração mais plausível, pois, se houver alguma mudança, esta ocorrerá para todos e o tempo de adequação será igual.
"O que vai fazer a diferença será a sagacidade de o candidato se adequar ao novo. O antigo edital estava bem completo e isso o torna uma boa referência", diz.
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(Foto: Divulgação)
O que fazer depois da publicação do edital?
FOLHA DIRIGIDA também perguntou ao professor quais devem ser as estratégias depois da publicação do edital, e se devem variar conforme o tempo que o candidato vem se preparando.
De acordo com Marcos Aguiar, para quem já se prepara há mais tempo, a sugestão é dar ênfase na resolução de questões a fim de aprimorar os conhecimentos e, sempre que possível, voltar à teoria para corrigir possíveis erros. "Trabalhar com estatística é muito importante, pois o candidato consegue aferir onde está bem ou mal", afirma.
Já para os novos candidatos, ele diz que precisam se adequar às inúmeras cobranças, aprofundando conhecimento através da teoria. "Lembrando que para massificar os conteúdos é importante trabalhar os conceitos teóricos e depois realizar uma bateria de exercícios da própria banca examinadora para traçar o perfil de cobrança", explica.
Ele que é professor de Português, menciona que, analisando a banca, não se pode prever um número exato de questões por matéria, sendo isso mais um fator que estimula o candidato a estudar todos os conteúdos de forma plena.
No entanto, sugere alguns tópicos de Língua Portuguesa que são essenciais.
"As questões de reescrituras de frases; trocas de vocábulos para verificar se mantém o mesmo sentido, correção e estilo gramatical; orações/conjunção; acentuação gráfica; fenômeno crase; pontuação; regência; concordância e redação oficial são os assuntos mais importantes para garantir uma boa pontuação", explica.
Já é hora de se preparar para o TAF?
Apesar de a primeira etapa ser a prova objetiva, muitos candidatos não deixam de ser preocupar também com o teste de aptidão física (TAF). Segundo o professor, espera-se que o candidato viva uma etapa de cada vez. No entanto, o preparo físico não se ganha do dia para a noite e pode ser um problema para administrar em tão pouco tempo entre a prova objetiva e a prova física.
"Sugiro treinamentos físicos, sempre com recomendação médica, de acordo com a cobrança de testes do último edital. Lembrando que os exercícios devem ocorrer de forma saudável e controlada, se possível por um especialista", diz.
Para evitar os erros comuns neste concurso, o policial menciona que o primeiro passo é ler o último edital e verificar todas as exigências para não ser surpreendido.
"Vou citar o meu exemplo: eu reunia muitos materiais (livros, apostilas, videoaulas, entre outros), mas não tinha tempo suficiente para estudar tudo. Sugiro aos candidatos que selecionem bem os materiais e que estejam sempre atualizados. Deixar de estudar uma determinada matéria por não gostar ou por acreditar que ela não tem tanta relevância, pode ser crucial para definir a linha tênue de aprovação/classificação. Cuidado com a redação! Leia muito e treine bastante, isso fará a diferença."
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