Concurso PGE-PE: especialista conta os segredos da prova discursiva

Especialista em provas discursivas dá dicas de como se preparar para o exame do concurso PGE-PE, previsto para abril.

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Publicado em:11/01/2019 às 16:36
Atualizado em:11/01/2019 às 16:36

Faltam menos de três meses para as provas discursivas do concurso da PGE-PE – Procuradoria-Geral do Estado de Pernambuco. Para ajudar na preparação, a especialista Vivian Barros conta como se sair bem no exame. Essa etapa de avaliação, marcada para o dia 7 de abril, será aplicável a todos os candidatos em cargos de nível superior. 

“Ainda tem bastante tempo para se preparar. Você que costuma deixar a preparação para a última hora, não faça isso, por favor. Cinquenta por cento da sua nomeação depende da prova discursiva. É ela que ‘separa o joio do trigo’.”

A boa notícia para os concorrentes a analista da PGE-PE é que, segundo a professora Vivian, a prova discursiva do Cebraspe é mais tranquila, se comparada a outras bancas. Isso não que dizer que não possua certo nível de dificuldade, mas que tem um perfil previsível. 

Esse aspecto deve ser usado pelos candidatos como uma ferramenta aliada. Revisando as provas anteriores e seguindo as dicas da professora, é possível avaliar bem o que pode cair. Os próximos três meses, de acordo com ela, são o tempo ideal para uma preparação completa e eficiente. 

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Ao estudarem para a prova objetiva os concorrentes devem ter em mente que precisarão estar preparados para discorrerem sobre os assuntos na etapa discursiva. Ou seja, devem buscar treinar a capacidade de escrita sobre esses temas.

O texto da redação deve ter até 30 linhas. Isso quer dizer que se o candidato usar apenas 20, ele não poderá ser penalizado. Porém, Vivian considera difícil que todo o espaço não seja utilizado, tendo em vista a quantidade de conteúdo que o Cebraspe cobra. Talvez falte espaço. 

Redação do Cebraspe exige conhecimento técnico

PGE-PE (Foto: Divulgação/Portal Saúde-PE)
Concurso da PGE-PE
(Foto: Divulgação/Portal Saúde-PE)

O perfil do Cebraspe está mudando, com uma tendência para textos dissertativos argumentativos, em lugar dos expositivos. Essa é uma característica que vem sendo observada e que Vivian concorda, mas ressalta que a mudança ainda é sutil. 

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A orientação da especialista, nesse momento, é que os candidatos devem entender a tradição da banca de cobrar o texto dissertativo expositivo.

Esse tipo é exatamente aquele que, segundo a ela, vai exigir conhecimento sobre determinado assunto. Ou seja, o que interessa para o examinador é a capacidade de análise e de reflexão acerca de determinado conhecimento.

Não é à toa que o programa da prova discursiva é a parte de Conhecimentos Específicos. O foco é a exposição de dados, fatos e, portanto, de conhecimento. “Nesta prova o candidato não tem que defender pontos de vista. O conhecimento técnico é priorizado.”

Correção do texto é dividida em dois aspectos

Vivian Barros explica que o Cebraspe trabalha com dois eixos de avaliação na prova discursiva. O primeiro diz respeito ao aspecto macroestrutural do texto. Nesse sentido, os candidatos devem observar a apresentação, a estrutura do texto e o desenvolvimento do tema. 

O segundo eixo está relacionado aos aspectos microestruturais, quem envolvem ortografia, morfossintaxe. É a aplicação da norma culta. Os candidatos devem evitar problemas de concordância, regência, pontuação, propriedade vocabular. 

“Nesta parte não pode dar mole na ortografia, é preciso obedecer os manuais oficiais. Se o avaliador do Cespe não compreender o que você escreveu ele entende como erro de ortografia e há desconto na pontuação. Então, cuidado na hora de escrever as palavras.”

Nos aspectos macroestruturais o maior peso na avaliação está em como foi desenvolvido o tema. Em aspectos microestruturais está na a morfossintaxe, que é a aplicação da norma culta. Por isso, é fundamental fazer a revisão gramatical. 

No vídeo abaixo, a especialista em provas discursivas conta como é feita a correção da prova do Cebraspe e explica o cálculo da fórmula, além de apresentar um exemplo de redação da banca. 

Provas do concurso PGE-PE serão aplicadas em abril

A prova discursiva do concurso será destinada apenas aos candidatos a cargos de nível superior. Já a prova objetiva é destinada a todas as carreiras. Concorrentes a analista farão os dois exames no dia 7 de abril. 

Na parte da tarde serão aplicados para o cargo de analista administrativo e no turno da manhã para analista judiciário. Os candidatos terão até quatro horas e maia para, além da prova discursiva, responder a 120 questões de múltipla escolha, sendo 50 de Conhecimentos Básicos e 70 de Conhecimentos Específicos.

Para o cargo de assistente, de nível médio, a aplicação da prova objetiva está prevista para o dia 14 de abril no turno da tarde. Serão três horas e trinta minutos para responder a 120 questões, sendo 50 de Conhecimentos Básicos e 70 de Conhecimentos Específicos.

Ao todo o concurso PGE-PE soma 88 vagas. Dessas, 20 são de analista judiciário, 28 de analista administrativo e 40 de assistente. Os de nível superior têm vencimento inicial de R$3.880,33 para trabalhar 40 horas por semana. Para o cargo de nível médio o valor é de R$2.263,79 também para carga semanal de 40 horas. 

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