Concurso INSS: Direito Previdenciário corresponde a 58% da prova
Professor da Degrau Cultura, Vinicius Rodrigues, fala sobre Direito Previdenciário, disciplina com mais da metade de pontos da prova do INSS
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Publicado em:27/11/2018 às 13:51
Atualizado em:27/11/2018 às 13:51
O Instituto Nacional do Seguro Social segue no aguardo pela autorização do seu concurso, com 7.888 vagas. Enquanto o Ministério do Planejamento não dá o aval para a seleção, quem deseja ingressar no quadro de pessoal do órgão deve manter os estudos em dia.
Para ajudar na preparação, FOLHA DIRIGIDA conversou com o professor da Degrau Cultura, Vinicius Rodrigues, em mais uma edição do Estúdio Livre desta terça, 27. A entrevista abordou temas de Direito Previdenciário, disciplina que correspondeu a mais da metade dos pontos da última prova para técnico do INSS, realizada em 2015.
Na ocasião, a disciplina de Seguridade Social, que corresponde à área de Direto Previdenciário, contou com 70 questões, na parte de Conhecimentos Específicos. Para quem deseja iniciar os estudos para o concurso, a matéria é uma das principais, já que representou 58% dos pontos da prova objetiva, no último concurso.
Para quem vai se preparar para a próxima seleção do INSS, o professor da Degrau Cultural avalia Direito Previdenciário como uma matéria cotidiana, em que se consegue aplicar o conhecimento teórico no dia a dia. Como exemplos, Vinicius Rodrigues comenta questões sobre aposentadoria e até salário-maternidade.
"O primeiro passo para o Direito Previdenciário é ter um bom material de apoio e online. No entanto, o principal passo para aprender é tentar vivenciar a matéria", explica o professor.
Apesar de ser uma matéria jurídica, quem nunca estudou Direito ou até concluiu o bacharelado, mas não teve contato com a disciplina, também consegue estudar, segundo o professor. O método é o mesmo citado acima: aplicar a teoria no dia a dia. "Quanto mais se vivenciar a matéria, mais ela terá sentido", avalia Vinicius Rodrigues.
Último concurso teve Cebraspe como banca
O último concurso do INSS foi realizado em 2015. Na época, a organização foi do Cebraspe. Foram oferecidas 950 vagas, sendo 800 para técnico do seguro social, de nível médio, e 150 para analista, com exigência de graduação em Serviço Social.
A avaliação contou com 120 questões objetivas, sendo aprovado quem conseguiu dez pontos em Conhecimentos Básicos, 21 em Conhecimentos Específicos e 36 na soma das duas provas.
De acordo com o professor Vinicius Rodrigues, quem deseja se preparar para uma próxima seleção do INSS pode considerar o Cebraspe como uma possível banca organizadora.
Para ajudar nos estudos, com foco nesta banca, Vinicius Rodrigues explica que, apesar da cobrança de Direito Previdenciário, as provas do Cebraspe costumam ter questões com mais de um tema da mesma disciplina.
"A banca nunca vai cobrar uma questão de benefícios, com conhecimentos só sobre este tema, mas sim abrangendo assuntos como período de manutenção da qualidade e carência, por exemplo. É preciso estar atento a todos os detalhes da questão", explica.
Com isso, o professor explica que é fundamental zerar o conteúdo programático. "É impossível realizar a prova do concurso, faltando algum tema para estudar", indica Vinicius Rodrigues.
Por ter um critério de avaliação diferente, o Cebraspe retira pontos de questões erradas, neutralizando as questões sem marcação. Para ter sucesso na avaliação, o professor aconselha a deixar alguns "vícios" de lado.
"Para passar em um concurso organizado pelo Cebraspe, é preciso ter coragem de deixar a questão em branco. Tentar 'chutar' não existe em uma banca como essa", acrescenta Vinicius Rodrigues.
Em 2015, Direto Previdenciário teve entre os principais tópicos temas como Lei Orgânica da Assistência Social, com nove pontos, e Benefícios, com seis questões. Abaixo você confere a entrevista completa, com o professor, e dicas sobre estes e outros temas da disciplina, para o concurso INSS. [VIDEO id="8448"]
Planejamento avalia pedido de concurso do INSS
O INSS encaminhou ao Ministério do Planejamento pedido para autorização de concurso com 7.888 vagas. Desse número, 3.984 são para técnico (nível médio), 1.692 para analistas (superior), em áreas ainda não reveladas, e 2.212 para perito, com exigência de graduação em Medicina. Os ganhos para as carreiras são de R$5.186,79, R$7.659,87 e R$12.638,79, respectivamente.
INSS solicita 7.888 vagas para novo concurso (Foto: Agência Brasil)
Em entrevista no começo de novembro, o presidente do INSS, Edison Garcia, revelou que ainda não há uma resposta do governo sobre a autorização de concurso. No entanto, ele demonstrou esperança de que o pleito possa ser atendido em 2019.
“O Planejamento diz que há o ajuste fiscal, não tem previsão de concurso e está restritivo. A área técnica do Ministério do Planejamento diz que olha com bons olhos os órgãos que fazem o dever de casa para compensá-los com uma liberação de concurso. E como o INSS vem fazendo grande esforço de gestão, de mudança de procedimento e buscando eficiência, eles estão muito animados com este trabalho e acham que é uma condição importante para um concurso em 2019”, disse o presidente.
O orçamento da União para 2019 não consta verba para o concurso INSS. Mesmo assim, a seleção poderá ser autorizada, já que na verba consta uma reserva técnica de R$411 milhões para futuros concursos do interesse do próximo presidente.
Frente a uma grave necessidade por novos servidores, a expectativa é que a equipe econômica do presidente eleito, Jair Bolsonaro, possa autorizar concurso para a autarquia no ano que vem.