O próximo concurso INSS 2018 será uma grande oportunidade para quem busca estabilidade e salários acima da média nacional em cargos de níveis médio e superior. Embora o pedido de concurso para 7.888 vagas dependa do aval do Ministério do Planejamento, uma nova seleção é tida como certa, pois o INSS enfrenta grande déficit de pessoal e corre sério risco de ter suas atividades paralisadas caso não recrute novos técnicos, peritos e analistas.
Para orientação dos futuros candidato ao concurso INSS, o programa Estúdio Livre da FOLHA DIRIGIDA convidou o servidor do INSS, Marcelo Rodrigues, que há 15 anos atua como analista do seguro social no Rio de Janeiro.
"O concurso do INSS já chama atenção porque a remuneração é muito interessante, com salários de mais de R$5 mil para cargo de nível médio. Além disso, há todo um incremento que vai aumentando ao longo da carreira e que, ao final dela, quase dobra a remuneração", destacou.
Jornada de trabalho permite qualidade de vida
Marcelo observou ainda que a jornada de trabalho de seis horas diárias permite que os servidores do INSS tenham qualidade de vida. "O concurso proporciona dois atrativos principais: salário e horário de trabalho. Essa qualidade de vida que todos buscamos é possível quando se trabalha no INSS", garantiu.
Além de abordar os benefícios da carreira e a necessidade do novo concurso, Marcelo Rodrigues, que também leciona Direito Previdenciário, deu algumas dicas a quem pretende iniciar os estudos antes da publicação do edital.

Falta de servidores afeta segurados
Marcelo observou que o concurso para técnico, analista e perito deve ser visto com urgência, pois o déficit crescente de servidores agrava ainda mais o atendimento aos segurados em todo o país.
Para isso, ele destacou que o pedido para 7.888 vagas deve permanecer na seara da insistência até que a autorização seja dada pelo Ministério do Planejamento. A falta de novos servidores, segundo ele, atinge principalmente o segurado que, ao procurar um atendimento no INSS, em muitos casos, encontra agências fechadas por falta de pessoal.
Concurso para o INSS deve 'causar justiça'
"O concurso está aí para causar justiça. E uma das formas da gente gerar justiça é abrir o concurso", ponderou. O professor destacou que a implementação das políticas de atendimento ao idoso e ao deficiente pode ser prejudicada caso o INSS não coloque novos servidores nas agências.
"É uma questão de política de estado que deve decidir pelo serviço à população. O Estado deve considerar a pessoa humana e não pode haver uma política de faz de conta. É preciso ser digno com o idoso, reestruturar a perícia com os trabalhadores acidentados, estruturar as agencias. Enfim, reabrir as agências em localidades onde foram fechadas. Às vezes um acidentado que mora na Baixada precisa se deslocar até a Zona Sul porque a agência perto da casa dele está fechada".

O analista observa que o próximo concurso INSS já é considerado histórico, principalmente no Estado do Rio de Janeiro, onde há uma grande carência de pessoal. "O TCU, a CGU, o Poder Judiciário e a Defensoria Pública da União podem confirmar que precisamos de mais gente nas agências. Caso contrário, isso levará no que o TCU chama de um possível colapso no atendimento", explicou.
Para tentar agilizar o atendimento, o governo tem investido nas agências virtuais. Entretanto, segundo Marcelo, é essencial que os atendimentos nos postos sejam incrementados.
"O INSS virtual hoje resolve muito o fluxo nas agências. Mas, por outro lado, temos uma parte da população que não tem acesso à internet. Por isso, o segurado precisa da ajuda direta de um técnico do INSS. E é uma ajuda que precisa ser feita passo a passo ou face a face. Isso só se faz com servidores concursados nas agências", destacou.
Direito Previdenciário conta com 70% das questões
Para quem deseja iniciar os estudos antes mesmo da publicação do edital, o professor deu algumas dicas de estudo, sobretudo relacionadas à disciplina na qual leciona, que é Direito Previdenciário. Segundo ele, nos últimos concursos para o INSS, a matéria tem significado a metade de prova.
"Por isso, é preciso haver, antes da prova, uma dedicação com essa disciplina. E também nunca deixe de estudar as outras matérias básicas, como Direito Constitucional, Direito Administrativo e Língua Portuguesa", orientou.
O professor observa que 70% das questões em Direito Previdenciário referem-se à Lei de Benefícios e os outros 30% são sobre a Lei de Custeio (Lei 8.212) e Lei da Assistência Social (Lei 8742/93).
"A Lei de Benefícios é a Lei 8.213, que cai bastante, e é regulamentada pelo Decreto 3048. A primeira dica é não ir direto no decreto. A cereja do bolo é a Lei 8.213/91, sobretudo do artigo 11 ao 122, onde estarão a maioria das questões da prova, como segurado, auxilio-doença, auxilio-reclusão, aposentadoria do professor, entre outros. A Constituição Federal também é importantíssima, principalmente nos artigos 194 ao 214". Assista ao Estúdio Livre completo com o analista do INSS, Marcelo Rodrigues, a seguir! [VIDEO id="8224"]