Os trabalhos para elaboração do novo edital do concurso IBGE já começaram. Quem afirmou foi o coordenador de RH do órgão, Bruno Malheiros, em entrevista exclusiva para FOLHA DIRIGIDA. Segundo ele, há um trabalho de definição das áreas de conhecimento, das áreas de lotação e do conteúdo programático para tentar adiantar as informações.

(Foto: Arquivo)
"No entanto, ficamos no aguardo do aval. Não podemos começar uma licitação para escolha da banca e a autorização não sair, seria um recurso gasto a toa. Além disso, o contrato com a banca tem um tempo para ser executado e pode acabar perdendo a validade, então essa parte a gente prefere esperar. No mais, tudo que é possível já está pronto", diz.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística aguarda a autorização do Ministério do Planejamento para 1.800 vagas. Destas, 1.200 serão para técnico e 600 para analista de nível superior. Segundo o coordenador, a grande força de trabalho do IBGE, cerca de 60 a 65% do quadro, são os cargos técnicos de nível médio.
Esses profissionais atuam nas unidades estaduais trabalhando com coletas. Os de nível superior estão a maioria na administração central, responsável pelas atividades de planejamento e gestão.
Para técnicos a remuneração oferecida é de R$3.890,87 mensais. Já para analista o valor é de R$8.213,07. Nestes totais já está incluído o auxílio-alimentação de R$458.
IBGE perdeu mais de 40% da força de trabalho
A diminuição do quadro de pessoal do Instituto chama atenção. De acordo com Bruno Malheiros, em aproximadamente dez anos houve uma redução de mais de 40% da força de trabalho.
"Em 2010 eram aproximadamente 8 mil servidores e atualmente cerca de 5 mil, chegando a 2020 com um pouco mais de 4 mil. É um problema não só na administração central, mas também nos municípios que fazem a coleta", explicou.
O principal fator para esta perda de pessoal é o grande volume de aposentadorias. Segundo coordenador de RH, boa parte dos servidores que está no IBGE atualmente entraram para fazer o Censo de 80. Então essas pessoas estão completando o tempo de trabalho para se aposentarem. "Mesmo os últimos concursos, de 2013 e 2015, não supriram o déficit, que vem aumentando em razão da explosão de aposentadorias que tivemos entre 2014 e 2018", complementou.

Apesar de não haver um número específico em Lei de quantidade de servidores para o IBGE, de acordo com o coordenador, um bom número seria entre 6.200 e 6.800 pessoas. "Este é um levantamento que acabamos de fazer com os gestores do IBGE. Quatro mil é um número muito abaixo do que precisamos para realizar os trabalhos", informou.
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Ele complementa mencionado que o IBGE está chegando no limite. "Estamos chegando no limite na capacidade de entrega do trabalho, por isso o pedido para as vagas. Vamos negociando com o Planejamento e aguardando ansiosamente a autorização para o concurso IBGE", disse.
Lembre o último concurso do IBGE
A seleção anterior do IBGE foi realizada em 2015 e organizada pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Os candidatos ao cargo de técnico foram avaliados por 60 questões, sendo dez de Conhecimentos Específicos do IBGE, 15 de Geografia, 15 de Matemática e 20 de Língua Portuguesa.
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Já para analista foram 70 questões sobre Conhecimentos Básicos (Língua Portuguesa, Língua Inglesa e Raciocínio Lógico Quantitativo) e Conhecimentos Específicos. O número de questões por disciplina variava. Os candidatos devem iniciar os estudos para o concurso IBGE tendo por base o último edital. Confira os detalhes no vídeo!
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