Como estudar sozinho para o concurso INSS? Especialista responde!

Pensa em concorrer ao concurso INSS e não sabe como estudar sozinho? O professor Alexandre Prado traz dicas para você.

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Publicado em:16/01/2019 às 11:22
Atualizado em:16/01/2019 às 11:22

Com a carência de milhares de servidores, é grande a expectativa para que o concurso do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) seja realizado este ano. O órgão solicita a abertura de 7.888 vagas dos níveis médio e superior. Para aqueles que sonham ingressar na autarquia, a recomendação é começar os estudos desde já.

É comprovado que os candidatos que se preparam com antecedência têm mais chances de aprovação. Muitas pessoas, no entanto, não dispõem de tempo e dinheiro para investir em cursos preparatórios ou coachs. É possível, então, estudar sozinho para o concurso INSS?

O professor e especialista da FOLHA DIRIGIDA, Alexandre Prado, acredita que sim. O passo mais importante para quem estuda sozinho, segundo ele, é ter disciplina e compromisso. Isso porque você não terá um mentor para te cobrar resultados e performances. Será apenas você com suas responsabilidades.

É possível estudar sozinho para as provas do concurso INSS
(Foto: Divulgação)

 

Por outro lado, Prado atenta que estudar sozinho não deve significar o isolamento do mundo. Uma boa estratégia é manter contato com aqueles que têm o mesmo objetivo que o seu: passar em um concurso público.

A internet pode te ajudar nessa missão. É possível entrar em grupos de conversas sobre concursos e trocar materiais de estudo e dicas.

“Você pode estudar sozinho, mas não se isole no mundo. Use a rede social, participe de grupos do concurso que você fará, troque informação, troque materiais”, destacou o professor.

O importante, de acordo com Alexandre Prado, é usar a tecnologia a seu favor. Não se distraia com a infinidade de conteúdos disponíveis na internet. Tenha foco no seu objetivo.  

enlightenedMantenha o foco e o ânimo

As salas dos cursos preparatórios para concursos são cheias, o que pode atrapalhar a concentração dos candidatos. Ao estudar sozinho também é fácil se perder. Por exemplo, quando sua mãe ou seu filho te chamam, ou ainda com o barulho do vizinho.

Por isso, é fundamental manter o foco aliado à disciplina. “É isso que fará você obter bons resultados. Nem sempre quem faz curso preparatório tem vantagem sobre quem estuda sozinho, porque você vai se preparar com foco e disciplina”, explicou Prado.

Mas, como manter o foco e o ânimo estudando sozinho? Iniciar o estudo e, depois, mantê-lo são as partes mais difíceis do processo. A dica do professor Alexandre é colocar metas. Para ter ânimo e não desistir, imponha metas e desafios para o seu estudo. Quando conseguir atingir, se presenteie. Isso te fará ir em frente.

“Quando conseguir, coloque recompensas a cada desafio. Se permita! Para ter o ânimo de persistir”.

enlightenedFaça um bom planejamento de estudos

Outra dica de Alexandre Prado para quem estudar sozinho para o concurso INSS é fazer um bom planejamento. Para ele, vale a pena perder tempo fazendo um plano de estudos que será possível de executar da forma correta. Para isso, ele indica três passos:

  1. Leia o edital;
  2. Mensure quanto tempo gasta com estudos;
  3. Conheça a banca organizadora do concurso.

O primeiro passo é ler o edital na íntegra. Como o INSS ainda não teve o documento publicado, tenha por base o último edital do concurso, de 2015. Esse pode ser um bom parâmetro.

Quer sair na frente no estudo para o concurso INSS?

Depois, mensure quanto tempo você leva para ler uma página de livro ou assistir a uma vídeo aula. Isso fará com que se planeje dentro do seu tempo disponível. “Faça um plano factível. Não adianta um planejamento que você não consiga cumprir”.

Em seguida, conheça a banca organizadora do concurso e como ela costuma cobrar as provas. No caso do INSS, a última banca foi o Cebraspe (antigo Cespe/UnB). As avaliações objetivas foram compostas por 120 questões, sendo 50 de Conhecimentos Básicos e 70 de Conhecimentos Específicos.

Para técnico de seguridade social, cargo de nível médio, a prova seguiu a seguinte estrutura:

Conhecimentos Básicos

  • Ética no Serviço Público – 6 questões;
  • Regime Jurídico único – 6 questões;
  • Noções de Direito Constitucional – 7 questões;
  • Noções de Direito Administrativo – 5 questões;
  • Língua Portuguesa – 15 questões;
  • Raciocínio Lógico – 6 questões;               
  • Noções de Informática – 5 questões.

Conhecimentos Específicos

  • Seguridade Social – 70 questões.

Para ser aprovado foi preciso acertar 36 questões no geral da prova, 20% de Conhecimentos Básicos e 30% de Conhecimentos Específicos.

A indicação de Alexandre Prado é fazer um planejamento de estudo baseado nessas disciplinas. “Separe mais tempo para as matérias que você nunca viu, depois as que você sabe mais. Por último, as que você sabe”.

Abaixo, assista ao vídeo com as dicas de Alexandre Prado para estudar sozinho para o concurso INSS: [VIDEO id="8541"]

Pedido de concurso INSS com mais de 7 mil vagas avança  

O INSS solicita ao Ministério da Economia abertura de concurso com 7.888 vagas. No dia 7 de janeiro, o pedido teve avanços. Foi concluído na Divisão de Concursos Públicos e chegou na Assessoria Parlamentar do Gabinete do Ministro.

O Ministério da Economia absorveu as funções do antigo Ministério do Planejamento, responsável pela autorização de concursos federais.

“As atribuições da Secretaria de Gestão de Pessoas (SGP) serão mantidas pelo Ministério da Economia. Em relação ao status do processo interno, o ministério não se manifesta sobre o que ainda está em andamento”, disse o Planejamento à FOLHA DIRIGIDA.

As vagas solicitadas para o concurso INSS são para as seguintes carreiras:

Cargos Vagas Escolaridade Remuneração
Técnico 3.984 nível médio  R$5.186,79
Perito 2.212 nível superior R$12.638,79
Analista 1.692 nível superior R$7.659,87

 

A urgência para realização de um novo concurso INSS é justificada pelo número de aposentadorias do instituto. Apenas nos cinco primeiros dias úteis de 2019, foram 676 servidores aposentados. A situação poderá ser ainda pior nos próximos meses já que 10.804 funcionários do INSS já reúnem condições para se desligar.