Candidatos do concurso Pedro II falam sobre a prova de assistente
Candidatos do concurso Colégio Pedro II fizeram provas objetivas neste domingo, 22, em três municípios do Rio.
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Publicado em:22/09/2019 às 18:00
Atualizado em:22/09/2019 às 18:00
Foram aplicadas neste domingo, 22, as provas objetivas do concurso Colégio Pedro II. Cerca de 20 mil candidatos foram convocados para realizar os exames em Niterói, Duque de Caxias e Rio de Janeiro.
FOLHA DIRIGIDA fez a cobertura da seleção na capital. Só em Del Castilho, mais de 2 mil pessoas fizeram a prova para o cargo de assistente em administração, de nível médio. Os candidatos falaram sobre suas percepções sobre a avaliação.
Pedro Vinícius, de 28 anos, estuda para o concurso Pedro II há cerca de um ano e sua principal referência de preparação foram as provas anteriores. Ele avalia que o exame estava dentro do previsto, mas sentiu um aumento no nível de dificuldade na disciplina da Informática.
A prova estava normal, dentro do que foi proposto no programa. Esse é meu quinto concurso público. Me preparo para ingressar na Administração Pública há dois anos, mas há um ano tenho a preparação com foco no concurso Pedro II. Para mim, as questões mais complicadas foram de Informática e Legislação. Informática achei bem mais complexa que na prova ano passado. Raciocínio Lógico foi o oposto: veio mais fácil em relação à prova anterior.
Thiago Miranda, 22 anos, também já vinha estudando com foco para esta prova e concorda que as questões de Informática foram mais difíceis. Mas sua maior dificuldade, assim como de mais da metade dos candidatos entrevistados por FOLHA DIRIGIDA, foi em Legislação.
A prova de Informática realmente estava um pouco chata. Eu estava estudando com as provas de concursos anteriores e também percebi que nelas essa disciplina havia sido cobrada de forma mais básica. Português, Administração e as demais partes da prova estavam tranquilas. Exceto, Legislação que pegou um pouco, acho um pouco ruins provas que cobram, por exemplo, o número de uma lei, como aconteceu nessa. Não é muito o meu estilo de prova, mas de modo geral foi razoável.
A disciplina de Informática compreendia dez questões da prova do concurso Pedro II, cada uma valendo 1 ponto. Já sobre Legislação foi cobrada a mesma quantidade de itens, porém cada um valendo 2 pontos.
Para serem considerados classificados, os candidatos não podem ter zerado nenhuma das disciplinas. Além disso, é preciso alcançar aproveitamento igual ou superior 70 pontos, numa escala de 0 a 100.
Alguns candidatos saíram da provas mais confiantes, como a Suelen Almeida, de 28 anos. Ela é estudante da área de Administração e estuda Português com seu filho, o que lhe rendeu vantagem nessas duas disciplinas.
Eu achei a prova bem tranquila. Sou estudante de Administração, então já possuo certa familiaridade com os assuntos específicos. Tenho um filho e costumo estudar junto com ele também, o que me deu vantagem na prova de Português. A parte mais difícil foi a de Legislação, mas a prova de modo geral estava tranquila. É uma questão de preparação.
Até mesmo para Fernando Duribe, 31 anos, que admite que não estava se preparando tão bem, o exame foi fácil. Mas o foco dele está em outro concurso público e a prova do Pedro II lhe serviu como uma experiência de preparação.
Minha preparação não estava sendo específica para essa prova, mas não achei muito complicada. Português e Legislação para mim estavam tranquilas, assim como Informática. Meu foco, na verdade, é um outro concurso, mas não encontrei muitas dificuldades.
Mais de 20 mil realizaram as provas do concurso Pedro II neste domingo, 22
(Foto: Divulgação)
Candidatos falam sobre estrutura das provas e aplicação
Em Del Castilho, onde mais de 2 mil candidatos realizaram a prova de assistente em administração, não foi registrada nenhuma ocorrência grave. Contudo, um candidato observou certa deficiência na estrutura do prédio.
Mateus, de 26 anos, realizou a prova junto com sua mãe, também concurseira, mas que já tem mais idade. Ele disse que os elevadores do local não estavam funcionando, o que o levou a perder tempo de prova ao ir no banheiro, já que precisou percorrer vários lances de escada.
"Não havia banheiros e todos os andares e o elevador não estava funcionando, então precisamos subir muitos lances de escada. Fiquei preocupado com minha mãe, que também veio fazer prova aqui, e já é uma pessoa de mais idade."
Apesar disso, ele diz que achou a prova bem fácil. “Já estou acostumado com provas de concursos, então conheço a dinâmica. A parte mais complicada era só Legislação.”
Enquanto a questão da estrutura foi alvo de crítica, a atuação dos fiscais de prova foi elogiada. A Aline Moraes, de 23 anos, disse que em sua sala havia uma boa quantidade funcionários tomando conta e que todos foram muito solícitos com os candidatos que tiveram algum tipo de dúvida em relação à aplicação da prova.
"Achei a estrutura boa, os fiscais estavam bem atentos. Inclusive havia bastante fiscais, todos muito atentos e dispostos a ajudar. Qualquer dúvida eles comunicavam à coordenação, foram muito prestativos."
Aline também é experiente em concursos públicos, conta que já prestou outras provas e que conhece o ritmo. De acordo com ela, havia muito de Chiavenato (Idalberto Chiavenato ) no exame Específico e a Legislação foi pouco complexa. “Foi uma prova interessante, com textos muito legais.”
Veja outros relatos de candidatos que realizaram as provas de assistente em administração do concurso Pedro II
Amanda Veríssimo, 31 anos:
"Foi minha primeira vez fazendo uma prova de concurso público. Para mim, Português estava fácil, mas Legislação estava um pouco confusa. Confesso que não estou tão confiante, pois gostaria de ter dedicado mais tempo estudando. Mas ganhei uma boa experiência para as próximas vezes."
Moisés Rodrigues, 54 anos:
"Estava há algum tempo parado com os concursos públicos e voltei agora com o Pedro II. A prova não estava difícil, eu é que não estudei tanto quanto deveria. As partes nas quais tive mais dificuldade foram Raciocínio Lógico e Informática. As outras estavam mais tranquilas."
Charles Mariano, 39 anos:
"Achei a prova fácil, porém cansativa. O nível de conteúdo foi básico em relação à última prova. Acredito que tive um desempenho melhor na parte Específica, apesar de não estar me preparando há muito tempo e ter me inscrito para este concurso quase no final do prazo."
Juliana Palmeira, 34 anos:
Achei a prova bem puxada, principalmente as questões de Informática. Mas confesso que vim mais para acumular experiência. Sou servidora pública, mas quero tentar a oportunidade em outras áreas. Eu, particularmente, não percebi nenhuma falha na infraestrutura que possa ter me prejudicado, na minha sala ocorreu tudo conforme as regras previstas no edital.
Gabarito oficial do concurso sai na segunda-feira, 23
Todos os candidatos que realizaram as provas objetivas do concurso Pedro II neste domingo terão acesso aos gabaritos oficiais preliminares na segunda-feira, 23. Mas o curso Focado no Edital, em parceria com a FOLHA DIRIGIDA, já fez a correção ao vivo do exame. Confira!
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Após a divulgação do gabarito preliminar, aqueles que não concordarem com a resposta poderão entrar com recursos. As contestações deverão ser feitas na terça-feira, 24, por meio do site do próprio Colégio.
A prova objetiva é a única etapa de avaliação do concurso Pedro II. O exame compreendeu um total de 70 questões de múltipla escolha, totalizando 100 pontos.
Foram 20 questões de Língua Portuguesa, dez de Raciocínio Lógico e Quantitativo, dez de Informática, dez de Legislação e 20 de Conhecimentos Específicos. Nas partes de Legislação e Específica, cada questão valia 2 pontos, nas demais cada uma valia 1 ponto.
Para ser considerado aprovado o candidatos deverá ter alcançado, pelo menos, 70 pontos, além de não ter zerado nenhuma das disciplinas. Não serão computadas questões não respondidas, nem que contenham mais de uma resposta.
O resultado final do concurso está previsto para o dia 8 de novembro. A validade será de um ano, podendo prorrogar por mais um. O concurso aprovará os candidatos por ordem de classificação, conforme a seguinte tabela:
Quantidade de vagas por cargo
Número máximo de aprovados
1
5
2
9
3
14
6
25
27
60
A seleção visa preencher, pelo menos, 33 vagas em cargos técnico-administrativos em Educação. A maior parte, 31, é para assistente em administração. A carreira exige o nível médio completo e tem vencimento inicial de R$2.446,96 para trabalhar 40 horas por semana.
As demais oportunidades são para assistente de alunos e psicólogo, cada uma com uma vaga. Estes cargos exigem os níveis médio e superior, respectivamente, com vencimentos iniciais de R$1.945,07 e R$4.180,66. Ambos possuem carga de trabalho de 40 horas por semana.