Pedido de concurso INSS tem cinco movimentações em um dia

O pedido de concurso do INSS teve novos avanços no Ministério do Planejamento. Expectativa é de aval para 7.888 vagas.

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Publicado em:28/11/2018 às 13:25
Atualizado em:28/11/2018 às 13:25

O pedido de concurso INSS voltou a ter movimentações. Na última terça-feira, 27, o protocolo registrado no sistema do Ministério do Planejamento teve cinco andamentos. A solicitação passou pelos setores de Coordenação Geral de Concurso e Provimento de Pessoal e pela ASTEC, onde se encontra atualmente. 

O pedido não registrava novos avanços desde agosto, quando chegou à Divisão de Concursos Público. A expectativa é pela autorização de 7.888 vagas.

Desse total, a maioria (3.984) são para o cargo de  técnico, que exige de nível médio e proporciona remuneração de R$5.186,79. As demais oportunidades estão distribuídas da seguinte forma : 

  • 1.692 para analistas (superior), em áreas ainda não reveladas;
  •  2.212 para perito, com exigência de graduação em Medicina.

Os ganhos para as carreiras são R$7.659,87 e R$12.638,79, respectivamente. Em novembro, o presidente do Instituto Nacional do Seguro Social  afirmou que ainda não há uma resposta do governo sobre a autorização de concurso. No entanto, ele demonstrou esperança de que o esperado aval possa ser atendido em 2019.

"A área técnica do Ministério do Planejamento diz que olha com bons olhos os órgãos que fazem o dever de casa para compensá-los com uma liberação de concurso. E como o INSS vem fazendo grande esforço de gestão, de mudança de procedimento e buscando eficiência, eles estão muito animados com este trabalho e acham que é uma condição importante para um concurso INSS em 2019”, disse em entrevista o presidente. 

INSS enfrenta grande perda de servidores

A necessidade de reposição de pessoal do INSS é grande. Até setembro deste ano, a autarquia perdeu 1.912 servidores devido a aposentadorias. Em 2017, o quantitativo foi ainda maior, chegando a 2.013 e em 2016 (a partir de agosto) o número de aposentadorias foi de 299.

concurso INSS (Foto: Divulgação)
INSS tem pedido de concurso para 7.888 vagas (Foto: Divulgação)


Somados os três períodos, são 3.274 profissionais a menos atuando pela autarquia.  Os dados são do Painel Estatístico de Pessoal (PEP), do Governo Federal. Os números porém são ainda mais alarmantes. Conforme dados do próprio Instituto, o déficit atual da autarquia é de 16.500 servidores

Além disso, outros 18 mil  já reúnem as condições necessárias para se aposentar a partir de janeiro do próximo ano. Esta carência de pessoal traz diversas consequências a autarquia e, consequentemente, ao atendimento a população. 

Sem o quadro de servidores ideal, há quem espere até seis meses para conseguir resolver problemas simples, como a concessão de benefícios aos segurados.

Por isso, a Defensoria Pública da União entrou com uma ação na Justiça Federal. A DPU obriga o instituto a resolver a questão do atendimento, que tem relação direta com o déficit de servidores.

Último concurso INSS pode ser base de estudos

O último concurso do INSS foi realizado em 2015. Nesta seleção foram 950 vagas, sendo 800 para técnico do seguro social, de nível médio, e 150 para analista, com exigência de graduação em Serviço Social.

Os candidatos tiveram que responder a 120 questões objetivas, sendo aprovado quem conseguiu dez pontos em Conhecimentos Básicos, 21 em Conhecimentos Específicos e 36 na soma das duas provas.

A banca responsável foi o Cebraspe, que continua cotada para ser a organizadora do próximo concurso. Para ajudar nos estudos, com foco nesta banca, FOLHA DIRIGIDA conversou com o professor da Degrau Cultural, Vinicius Rodrigues.

Ele explicou que, apesar da cobrança de Direito Previdenciário, as provas do Cebraspe costumam ter questões com mais de um tema da mesma disciplina.

"A banca nunca vai cobrar uma questão de benefícios, com conhecimentos só sobre este tema, mas sim abrangendo assuntos como período de manutenção da qualidade e carência, por exemplo. É preciso estar atento a todos os detalhes da questão", afirma.

Por isso, Vinicius Rodrigues afirma que é fundamental zerar o conteúdo programático. "É impossível realizar a prova do concurso, faltando algum tema para estudar", explica.

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