"Não há privatização da Caixa", diz novo presidente da estatal

Em declaração na segunda-feira, 7, o novo presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, afirmou que estatal não será privatizada.

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Publicado em:08/01/2019 às 16:22
Atualizado em:08/01/2019 às 16:22

*Matéria atualizada em 9/01/2018, às 10h05

Empossado na última segunda-feira, 7, o novo presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, afirmou que a privatização da estatal está fora de questão. De acordo com ele, o que irá ocorrer será uma abertura de capital de subsidiárias. 

"Vamos abrir o capital de subsidiárias e utilizar esse dinheiro para pagar o Tesouro. Em quatro anos. Com calma, tranquilidade. Não há privatização da Caixa. Nem pensar. O que há é venda, abertura de capital de subsidiárias", teria afirmado Guimarães, segundo o site G1. 

A informação é uma boa notícia para os candidatos que sonham com um novo concurso Caixa e temiam a privatização do banco. 

De acordo com informações da Agência Brasil, Guimarães justificou o fato pela necessidade de devolver ao Tesouro Nacional R$40 bilhões repassados pelo governo federal ao banco sem vencimento para capitalização.

O presidente também defendeu a abertura de capital como parte de uma estratégia de ampliar o número de brasileiros com ações, índice considerado baixo pelo economista.

Presidente Caixa Econômica (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)
Novo presidente da Caixa Econômica, Pedro Guimarães
(Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)


Presente na cerimônia, o ministro da Economia Paulo Guedes afirmou que com abertura o banco pode se capitalizar e se concentrar em sua missão.

Conforme a Agência Brasil, Guimarães e Guedes ressaltaram também que a nova gestão tem como meta implantar ações na área de governança corporativa e administração. Como, por exemplo, a realização de cursos para seis mil dirigentes – como gerentes e superintendentes – com orientações do Tribunal de Contas da União.

Caixa pode ter no máximo 90 mil profissionais

Em publicação no Diário Oficial da União desta quarta-feira, 9, a Caixa Ecônomica divulgou o número máximo de profissionais em seu quadro de pessoal. De acordo com o documento, a estatal poderá ter até 90 mil vagas. 

Confira o trecho:

Para fins de controle do limite do quantitativo de pessoal das empresas estatais federais ficam contabilizados, à exceção dos empregados com contrato de trabalho suspenso por motivo de aposentadoria por invalidez, os empregados efetivos, ingressantes por intermédio de concursos públicos, os empregados que possuem cargos, empregos ou funções comissionadas, os empregados e servidores cedidos, os empregados anistiados com base na Lei nº 8.878, de 11.5.1994, os empregados reintegrados, os empregados contratados por prazo determinado e os empregados que estão afastados por doença, por acidente de trabalho ou por qualquer outra razão.

Último concurso Caixa foi em 2014

O último concurso da Caixa foi realizado em 2014. A seleção foi para formação de cadastro de reserva, no cargo de cargo de técnico bancário e teve mais de 1 milhão de inscritos. O Cebraspe (antigo Cespe/UnB) foi o organizador. 

Para concorrer, foi preciso o nível médio. Os concorrentes foram avaliados por provas objetivas e discursiva (redação com até 30 linhas sobre assuntos de Conhecimentos Específicos).

As questões abordaram Língua Portuguesa (14), Conhecimentos Básicos (36) e Conhecimentos Específicos (70). A estatal, no entanto, vive um impasse desde 2016 em relação à convocação dos aprovados

Na época, o Ministério Público do Trabalho do Distrito Federal e Tocantins (MPT-DF/TO) entrou com uma ação para que o banco prorrogasse por tempo indeterminado a validade do concurso para técnico bancário (que venceria em junho de 2016), para que assim tivesse tempo para chamar mais aprovados do cadastro de reserva.  A Caixa, no entanto, recorreu da decisão.

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