Concurso Proderj: edital com até 150 vagas na agenda do presidente

Foi determinado pela Justiça que concurso Proderj seja aberto para o preenchimento de 131 vagas. Níveis médio e superior.

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Publicado em:17/06/2019 às 13:28
Atualizado em:17/06/2019 às 13:28

O concurso Proderj está na agenda do presidente do Centro de Tecnologia da Informação e Comunicação do Estado do Rio de Janeiro (Proderj), Marco Vieira. A previsão é para o órgão abrir, ainda este ano, concurso público para preencher até 150 vagas em cargos dos níveis médio e superior.

Esse é o desejo do presidente do órgão, Marco Vieira, que informou, em entrevista à FOLHA DIRIGIDA, que o processo para a abertura da seleção já está tramitando nas instâncias superiores do governo.

“Estamos muito confiantes, muito esperançosos de que essa situação da aprovação do concurso aconteça o mais rápido possível. A minha expectativa é de que o concurso seja, pelo menos, autorizado este ano”, disse.

Presidente Proderj, Marco Vieira.
(Foto: Divulgação)

 

Justiça já determinou a abertura de concurso Proderj

O presidente do Proderj explicou que a Justiça já determinou a abertura do concurso para o preenchimento de 131 vagas de analista de sistemas, cargo de nível superior, cuja remuneração inicial é de R$5.246,60. No entanto, o concurso poderá trazer uma oferta ainda maior.

Isso porque, segundo Marco Vieira, o Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ) também fez um apontamento para que o órgão preencha as vacâncias surgidas após o início do Regime de Recuperação Fiscal (RRF).

Pelos apontamentos do TCE-RJ, após o governo assinar com a União o Regime de Recuperação Fiscal (RRF), surgiram 28 vagas, distribuídas da seguinte forma:

  • nove de assistente administrativo (nível médio; R$2.615,99);
  • 15 de técnico de suporte, comunicação e processamento (nível médio; R$2.615,99); 
  • uma de economista (nível superior; R$5.391);
  • e três de programador de produção; 
  • computação e desenvolvimento (nível superior; R$4.582,72).

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O presidente destacou que a abertura de concurso se faz necessária não só para cobrir o atual déficit de pessoal, que é superior a 200 servidores, mas, também, para suprir as vacâncias que poderão surgir em virtude de aposentadorias.

“O que agrava isso (a carência) é que 70% dos meus servidores já cumprem o requisito para se aposentar e, desde que chegamos, em janeiro, já tivemos 32 pedidos de aposentadoria. Então, para nós, se faz urgente a realização de um concurso público para compor os quadros. Se continuarmos com essa saída de 32 por semestre, entramos em colapso em 2021.”

Presidente do Proderj planeja projetos para reestruturação do órgão

Durante a entrevista, o presidente do Proderj falou também sobre os projetos para reestruturar o órgão, a busca pelo resgate da autoestima dos servidores, a implementação de uma meritocracia e as ações de capacitação que estão sendo desenvolvidas para qualificar, ainda mais, o quadro funcional.

Após o Estado do Rio de Janeiro ter passado pela pior crise financeira de sua história, ao longo dos últimos quatro anos, Marco fala como têm sido os desafios de estar gerindo o Proderj. 

"Quando aceitei o convite do governador, sabia que o Estado estava passando por um momento muito difícil, mas que eram perfeitamente superáveis todas essas dificuldades. Encontrei um órgão que poderia estar em melhor situação, que sofreu bastante desinvestimentos dos últimos oito anos para cá, por isso acabou perdendo o protagonismo do que poderia realizar para o estado. Então, parte do negócio acabou sendo desfragmentado para outros entes e outros órgãos do estado", disse.

A gestão está atuando, hoje, no resgate da autoestima dos servidores, que estava abalada por tudo que passaram por questões de salários etc. Estão trabalhando nesse processo de resgate da autoestima e investindo em capacitação. Dentro das limitações que têm, criaram o projeto Proderj Capacita.

"Temos buscado parcerias dentro do governo do estado. Uma das que estamos avançando mais é com a Fundação Ceperj, na qual vamos criar uma universidade corporativa, e o Proderj será uma vertente, uma coluna para a área de tecnologia da informação e comunicação, de capacitação dos servidores. Depois, vamos ganhar maturidade para oferecer esses serviços ao mercado", disse Marco Vieira.

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Governador Wilson Witzel pediu para reerguer o Rio de Janeiro

O governador Witzel pediu para que o Proderj e a sua atual Presidência ajudassem-no a reerguer o Estado do Rio de Janeiro dentro da área de atuação. Mais especificamente, o Centro de Tecnologia está subordinado à Secretaria da Casa Civil e Governança.

A ideia é de que o órgão seja reestruturado dentro das diretrizes estratégicas do estado, para que tenha a capacidade de dar esse suporte de gestão e governança a todo o Estado.

Como está composto o quadro de pessoal do Proderj?

O Proderj, hoje, em matéria de servidores, está bem inferior do que seria o desejado. Hoje, há em torno de 270 servidores, somando, inclusive, o extraquadro, que gira em torno de 50 pessoas. Então, isso traz uma dificuldade adicional, porque os desafios e as necessidades são cada vez maiores.

Estima-se que o quantitativo mínimo de servidores para atender às necessidades do Proderj seria, pelo menos, o dobro do que tem hoje. Algo em torno de 500 servidores para fazer um trabalho mais sólido e com continuidade a longo prazo.

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O que agrava isso é que 70% dos servidores já cumprem o requisito para se aposentar e, desde que chegou a atual presidência, em janeiro, já ocorreram 32 pedidos de aposentadoria. Então, se faz urgente a realização de um concurso público para compor os quadros

O processo de ajudar o Rio a sair da crise é trabalhoso e o Proderj acaba ficando limitados pelo número de servidores. O corpo funcional é muito bom, com muita experiência, mas em menor quantidade do que necessitam.

O governador Wilson Witzel está ciente?

O caso de necessidade do concurso público tem duas particularidades. Essa questão foi judicializada há algum tempo e, ao final do ano passado, foi transitado e julgado que um novo concurso para 131 vagas de analistas de TI teria que ser realizado.

O TCE-RJ também fez um apontamento com relação de provocar concurso para as vacâncias. Assim, o Proderj está trabalhando nessas duas vertentes. O processo está tramitando no estado e, em paralelo, estão fazendo as tratativas com os principais protagonistas que podem viabilizar isso.  

"Eu já tratei do assunto com a secretaria da Casa Civil. Então, estamos muito confiantes, muito esperançosos de que essa situação da aprovação do concurso aconteça o mais rápido possível. A minha expectativa é de que o concurso seja, pelo menos, autorizado esse ano, para que possamos fazer os trâmites para realizá-lo o mais rápido possível." 

Quais cargos contemplam o apontamento do TCE-RJ?

As vacâncias estão apontando 28 vagas, sendo: nove de assistente administrativo; uma de economista; três de programador de produção, computação e desenvolvimento; e 15 de técnico de suporte, comunicação e processamento.

Está sendo trabalhada essa vertente, pois o  jurídico entende que é uma vertente solidificada. No entando, isso não exclui a possibilidade de abrir concurso para mais vagas.

Todavia como é uma ação judicial e um apontamento do TCE, entende-se que já é um reconhecimento até de órgãos extra-Executivo estadual de que há uma carência muito grande no Proderj.

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Prazo para a abertura do concurso

Determina apenas que seja realizado o concurso, não dá um prazo, é o mais rápido possível. Estabelece, também, que, em até quatro anos, sejam chamados todos os aprovados.

"A nossa intenção é realmente fatiar a convocação dos aprovados. Gostaria muito de chamar todos de uma vez, mas não dá, até por conta da infraestrutura. Por isso, não tem como eu absorver as 131 pessoas de uma vez. A nossa proposta é chamar, na primeira convocação, algo entre 40% e 50%. O restante será chamado entre os dois ou três anos seguintes, até porque tem todo um processo interligado para que a gente maximize a possibilidade de realizar o concurso."

O pedido é para que possa se realizar o concurso, no máximo, até o último trimestre deste ano. O Proderj quer aplicar a prova esse ano, não apenas divulgar o edital, e estão construindo a solução para que ocorra tudo dessa maneira.

O projeto Proderj Capacita e a universidade corporativa.

Um dos programas importantes do Proderj é o Proderj Capacita. Nas duas últimas quintas-feiras de cada mês acontecem as capacitações internas, onde são levados convidados parceiros, pessoas expoentes, para transmitir conhecimentos e experiência.

"Esse programa tem duas vertentes: uma de caráter administrativo, de valorização pessoal. O Centro de Tecnologia já fez rodadas de gestão financeira pessoal e de investimentos, entre outras. A outra vertente é tecnológica, que é o core business, onde busca-se atrair palestrantes, profissionais de mercado, servidores com nível de conhecimento em determinado assunto para propagar isso internamente", explicou o presidente.

O Proderj também possui investimentos em relação aos seus servidores, como por exemplo, enviando-os para cursos no Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ) e no Ministério Público Estadual (MP-RJ).

"Com relação à universidade corporativa, estamos em fase de entendimentos, mas a ideia é de que até o final desse ano já tenhamos algo estruturado, pelo menos na parte de TI. Lógico que esse é um processo mais aderente à Fundação Ceperj, mas estamos ajudando a construir a formatação, a grade, o público-alvo e atraindo parcerias para o laboratório. A ideia é fazermos o máximo que pudermos com o menor custo de investimento ao contribuinte", disse Vieira.

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