Concurso PF de agente administrativo: Fenapef pedirá 2 mil vagas

O concurso PF de agente administrativo será reivindicado pela Fenapef à Polícia Federal. Cargo exige o nível médio e tem ganhos de R$4.710.

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Publicado em:12/04/2019 às 10:08
Atualizado em:12/04/2019 às 10:08

*Matéria atualizada em 12/04/2019, às 14h54

O concurso PF de agente administrativo é a próxima reivindicação da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef). 

Como a Polícia Federal sofre com um grande déficit de pessoal na área de apoio, a Fenapef já finaliza um estudo com dados de déficit da área de apoio da corporação. O objetivo da federação é que a PF solicite um novo concurso para servidores administrativos ao Ministério da Economia.

A informação foi passada pelo presidente da Fenapef, Luis Boudens, com exclusividade à FOLHA DIRIGIDA. Ele afirmou que até o final de abril esse estudo deverá ser concluído e entregue à Polícia Federal. 

Segundo Boudens, será solicitada a contratação de mais 2 mil oficiais de Polícia Federal, que ocupam cargos da área de apoio. Entre eles, está o cargo de agente administrativo. Para esta carreira é exigido apenas o nível médio. A remuneração é de R$4.710,76 já com o auxílio-alimentação de R$458. O regime de contratação é o estatutário, que assegura a estabilidade.

A reportagem da FOLHA DIRIGIDA procurou a Polícia Federal e a questionou sobre a intenção de enviar um novo pedido de concurso para a área de apoio. A PF informou que não há previsão de um novo concurso para a área de apoio, mas não esclareceu se pretende enviar um novo pedido ao Governo.

A realização de um novo concurso seria o cenário ideal para aliviar o grande déficit de servidores na área de apoio. 

Por meio de sua conta oficial do Twitter, o deputado federal Eduardo Bolsonaro também defendeu a contratação de novos agentes administrativos na Polícia Federal. Assíduo nas redes sociais, ele voltou a falar sobre o assunto após o Governo Federal ter autorizado a chamada de mil aprovados no concurso em andamento.

Eduardo destacou que a PF é essencial no combate a corrupção. Além disso, classificou como "urgente" a contratação de novos agentes administrativos. Ele, que também é policial federal, reconhece a necessidade de ampliar o efetivo, uma vez que os policiais deixam de exercer as suas funções para cobrir outras com vacância.

"Agentes administrativos, excedentes de concursos ou futuros concursos são bem vindos. Feliz em ver que as notícias dos 100 dias de governo Bolsonaro vão nesta direção. A PF é essencial no combate a corrupção!", disse Eduardo Bolsonaro em sua publicação.

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Último concurso de agente perdeu validade em junho de 2018

A Polícia Federal completará seis anos desde o seu último concurso para a área de apoio, quando ofertou 566 vagas em cargos dos níveis médio e superior da área administrativa. A validade desta seleção foi encerrada em 2 de junho de 2018. Como de costume, a seleção teve o Cebraspe como organizador.

O grande destaque ficou por conta do agente administrativo, que contou com 534 vagas em diversos estados, além do Distrito Federal.

A seleção também contou com chances para os graduados, com 32 vagas, todas para o Distrito Federal. Desse total, 11 eram destinada ao cargo de engenheiro, sete para assistente social, cinco para contador, quatro para administrador, três para psicólogo e duas para arquivista. 

Todos os candidatos foram avaliados com prova objetiva, e os de nível superior realizaram ainda uma prova discursiva. A seleção reuniu 324.497 inscritos em todo o país, sendo 318.832 apenas para o cargo de agente de nível médio.

PF precisará abrir concurso na área de apoio (Foto: Agência Brasil)
Com grande déficit, PF precisará abrir concurso na área de apoio
(Foto: Agência Brasil)

Moro anuncia criação de um escritório de inteligência

A Polícia Federal terá mais um motivo para realizar um novo concurso o quanto antes. O ministro Sérgio Moro anunciou o projeto de criação de um escritório de inteligência integrado, que atuará nos principais pontos de trânsito das fronteiras.

Segundo Moro, o escritório deverá reunir agentes da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Receita Federal e até das Forças Armadas. Além disso, contará ainda com representantes das polícias locais.

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Informações divulgadas pela Agência O Globo revelam que o ministro Sérgio Moro apresentará até o fim deste ano o novo projeto de segurança nas fronteiras, com o objetivo de fortalecer o combate ao tráfico de entorpecentes e armamentos. 

"Se o projeto piloto der certo, vai ser reproduzido em outras fronteiras e poderemos potencializar o uso de recursos nessa área", disse Moro à Agência O Globo.

Além da carência na área de apoio, a Polícia Federal também sofre com grande déficit de pessoal de policiais. De acordo com dados obtidos com a Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF), a vacância no órgão chega a 4.330 servidores

A boa notícia ainda é que, a partir de junho, a PF se tornará independente para realizar concursos públicos. Isso porque foi publicado, em março deste ano, o Decreto nº 9.739 do Governo Federal que traz as novas regras para a autorização de concursos públicos federais.

Entre elas, está a independência da Polícia Federal. Isso quer dizer que a PF não precisará mais solicitar a abertura de concursos ao Ministério da Economia, tendo autonomia para abrir as suas seleções. 

O decreto diz que o diretor-geral será o responsável por definir os atos de pessoal e de ingresso na corporação. As regras entrarão em vigor no dia 1º de junho. No entanto, para a Polícia Federal essa regra valerá apenas para a área policial. Para a administrativa seguem sendo necessárias as solicitações de concurso ao Ministério da Economia. [VIDEO id="8473"]

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