“O que você vai ser quando crescer?” Quem nunca ouviu essa pergunta de um parente ou amigo quando era criança? Para Mônica Azevedo de Carvalho Campello, a reposta sempre esteve na ponta da língua: seu sonho era ser professora do Instituto Nacional de Educação de Surdos (Ines).
“Eu frequento o instituto desde a barriga da minha mãe, porque ela é professora aposentada da instituição. Fui crescendo no meio dos meus amigos surdos e, com isso, um amor muito grande pela instituição foi crescendo junto”, declara.
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A carioca lembra que, desde a época do vestibular, já tinha certeza do que queria fazer. Por causa disso, decidiu entrar para a faculdade de Fonoaudiologia, em 1980, com o objetivo de trabalhar no Ines. No entanto, ao contrário de muitas pessoas que querem ingressar no serviço público, seu foco não era a conquista de um emprego com estabilidade.
“Como eu era muito nova, não tinha muita noção do que o serviço público poderia me proporcionar em termos de estabilidade e benefícios. Nunca foquei muito nisso, foquei no meu desejo de trabalhar e fazer pelo outro”, diz.
Ela completou o último ano da faculdade junto com o curso de especialização para professor, que estava aberto no Ines. Em 1984, um ano após sua graduação, surgiu a oportunidade que estava esperando.

(Foto: Arquivo Pessoal)
“Como conspiração do universo, abriu concurso para a instituição. Eu tinha certeza que eu queria passar, que era ali que eu queria estar”, afirma. Na ocasião, Mônica Campello adaptou sua rotina para estudar para o concurso.
Ela conta que não precisou abdicar de muitas coisas, porque tinha acabado de se formar. “Eu estava com as matérias e temas de estudo muito recentes em minha vida. Então, estudei muito. É decisivo ter foco, organização e disciplina para organizar seu dia a dia e alcançar seus objetivos”, aconselha.
Apoio familiar fez parte da trajetória de Mônica
A professora teve apoio total de sua família, que foi essencial durante as provas do concurso. “Eu tinha 22 anos e fiquei muito tensa, porque era algo que eu queria muito. Me lembro que saí da prova oral muito nervosa, porque achei que eu não tinha passado. Saí chorando e minha mãe estava me esperando no corredor, porque era professora lá”, conta.
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O concurso para o instituto foi o único que fez na vida, mas foi certeiro: conseguiu a vaga tão desejada. “Quando eu vi que passei em uma boa colocação e fui logo chamada, a felicidade invadiu meu coração. Consegui conquistar esse sonho e, depois disso, vieram muitos outros dentro da instituição”, diz. Atualmente, é fonoaudióloga no cargo de professora de atendimento individual e trabalha com atendimento à criança surda.
“Tive experiências profissionais maravilhosas. O Ines presta assessoria técnica em todo Brasil, então tive oportunidade de conhecer e atuar em muitos estados brasileiros, principalmente no Norte e Nordeste, por meio de seminários que o Ines realiza. Fiz também um trabalho em Lisboa, Portugal. Sou muito grata por tudo que o funcionalismo público me proporcionou e ainda proporciona”, assegura.
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Para todos que desejam trabalhar no serviço público, Mônica Campello aconselha ter foco, disciplina e não desistir jamais. Além disso, é essencial saber o que quer. “Não podemos deixar a estabilidade e a segurança que o serviço público traz ser o objetivo principal, precisa caminhar junto com nossa realização profissional. Não podemos esquecer que servimos ao público, então precisamos fazer isso da melhor maneira possível.”
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