AOCP diz que concurso da PM-TO está 'íntegro e livre de fraudes'

A AOCP, empresa responsável pelo concurso PM-TO, informou que a seleção está "íntegra e livre de fraude".

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Publicado em:15/10/2018 às 09:32
Atualizado em:15/10/2018 às 09:32

A AOCP, banca responsável pela realização do concurso da Polícia Militar do Tocantins (PM-TO), divulgou na sexta-feira, 12, uma nota pública sobre a seleção. Segundo a nota, a banca conseguiu identificar os candidatos que tentaram fraudar as provas, realizadas no dia 11 de março, e estas pessoas serão eliminadas. 

A empresa também informou que o concurso "encontra-se íntegro e livre de fraude". Além disso, a banca afirmou que "os 16 candidatos identificados que receberam o gabarito não oficial serão eliminados com base no item 8.5 do edital". A manifestação da AOCP ocorreu após a Polícia Civil concluir o inquérito que investiga susposta fraude no concurso. 

Veja a nota da AOCP na íntegra: 

FOLHA DIRIGIDA tentou contato nesta segunda-feira, 15, com a banca AOCP e a Polícia Civil. No entanto, até o momento da publicação desta matéria, não obtive retorno.

O Ministério Público de Tocantins, órgão que recomendou a não retomada do concurso, também foi procurado pela FOLHA DIRIGIDA. A Assessoria de Comunicação do MP informou que a seleção segue suspensa, e que o órgão aguarda o envio dos três inquéritos realizados pela Polícia Civil. 

Policiais Militares de Tocantins em formação
Concurso PM-TO: banca AOCP divulga nota pública sobre retomada da seleção.
(Foto:Divulgação/PMTO)

Entenda a suspensão do concurso PM-TO 

O concurso para a Polícia Militar-TO foi realizado em março deste ano, mas acabou sendo suspenso um mês depois. O motivo da suspensão foi a cassação do mandato do ex-governador, Marcelo de Carvalho Miranda. O Ministério Público do Tocantins foi o órgão que solicitou a suspensão do concurso ao Tribunal de Justiça (TJ). A ação foi motivada devido às denúncias de condutas em desacordo com a lei.

Em julho deste ano, o MP recomendou a não retomada da seleção. Isto porque o órgão está investigando suspostas irregularidades no dia da aplicação das provas. O caso está sendo investigado pelo promotor de justiça Adriano Neves, titular da 28ª Promotoria de Justiça da Capital. 

Segundo Adriano, inúmeras denúncias foram enviadas sobre irregularidades ocorridas em diversos polos de provas. Entre as denúncias, estavam que envelopes foram violados e aparelhos celulares apreendidos com as respostas das provas. 

As provas objetivas e dissertativas foram aplicadas no dia 11 de março nas cidades de Taguatinga, Dianópolis, Natividade, Porto Nacional, Araguatins, Augustinópolis, Sítio Novo do Tocantins, Tocantinópolis, Wanderlândia, Gurupi, Alvorada e Formoso do Araguaia. Os gabaritos foram divulgados dias após pela AOCP. As demais fases, no entanto, ainda dependem da retomada do concurso. 

Concurso recebeu mais de 86 mil inscritos

Como o último concurso da PM-TO foi realizado em 2013, os concurseiros estavam ansiosos por uma nova seleção. Para este novo concurso, cujo edital foi publicado em janeiro deste ano, foram deferidas 86.523 inscrições. 

De acordo com as informações da Polícia Militar, com dados da banca organizadora AOCP, o maior número de inscritos foi para o cargo de soldado, que contabilizou 76.050 pessoas inscritas. 

Ao todo, o concurso oferta 1.040 vagas, sendo mil vagas para o cargo de soldado, distribuídas em 900 para o sexo masculino e 100 vagas para feminino. E as 40 vagas restantes para o cargo de cadete I, com 36 para homens e quatro para mulheres.

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